27 março, 2007

ONG critica universidades por uso de animais para fins pedagógicos

Implementar técnicas alternativas a testes com animais no meio acadêmico, como pretende um projeto de lei aprovado recentemente pelos vereadores do Rio, enfrentará o conservadorismo dos profissionais da área de saúde, na opinião do representante da ONG InterNiche no Brasil, professor Thales Trez, da Unifal (Universidade Federal de Alfenas-MG).

"Diferentemente da área de pesquisa, não se trata de descobrir algo novo, mas de difundir uma coisa que já se conhece. Logo, não é difícil admitir a substituição da vivissecção por modelos e manequins feitos em materiais como o plástico ou simuladores, ou até CD-ROMs", argumenta.

Trez admite que alguns desses métodos --principalmente aqueles ligadas à informática-- possuem um custo de implantação alto. Ele afirma, porém, que a vida útil dos equipamentos compensa os gastos.

"É preciso conscientizar as universidades de que usar animais também é caro. Os reagentes usados nos experimentos também custam dinheiro. E duram apenas uma vez. Os CD-ROMs são usados durante muitos anos e alguns dos programas são de uso livre, podem ser baixados na internet."

No Brasil, não existe nenhuma instituição que rejeite por completo o uso de animais, segundo Trez, mas há tentativas da parte de alguns professores. "Na USP [Universidade de São Paulo], por exemplo, há uma disciplina da veterinária que utiliza apenas cadáveres de animais mortos no hospital da própria universidade", conta.

Quem quiser saber mais sobre o vídeo entre no site:
http://www.institutoninarosa.org.br/naomataras/depoimentos_modelo.htm